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Sobre o município de Registro
O município de Registro recebeu este nome porque era responsável por registrar todo o ouro explorado na região.
A presença dos imigrantes japoneses coincidiu com o declínio da economia do ouro. Com a instalação da Ultramarina de Implementos S.A (KKKK – Kagai, Koguy, Kabushiki, Kaisha), autorizada a operar no Brasil em 1918, o governo brasileiro doou terras devolutas para os imigrantes japoneses. Eles começaram a cultivar diferentes produtos, como arroz, café, cana, fumo, feijão, junco, abacaxi, laranja e bicho-da-seda, mas perceberam que a banana e o chá preto se adaptavam melhor à região.
Em 30 de novembro de 1944, através do Decreto-lei 14.334, Registro se emancipou de Iguape (primeira grande colônia formada por japoneses no Brasil, reconhecida como Berço da Imigração Japonesa no Brasil), tornando-se município, em 01 de janeiro de 1945.
Conhecido como a “Capital do Vale” ou “Capital do Chá”, Registro é oficialmente considerado o Marco da Colonização Japonesa no Estado de São Paulo, de acordo com o Decreto nº 50.652, de 30 de março de 2006.
Localização:
Com 722 quilômetros quadrados, o município está situado no Estado de São Paulo e faz divisa ao norte com Juquiá, ao sul com Jacupiranga e Pariquera-Açu; a leste com Iguape e a oeste com Eldorado e Sete Barras.
Registro tem acesso pela Rodovia Régis Bittencourt (BR 116); distâncias de 187Km da cidade de São Paulo/SP, 170 km de Sorocaba/SP, 182 Km de Santos/SP, 220 km de Curitiba/PR e 260 km de Campinas/SP. Outras Rodovias; a SP-139 liga Registro à cidade de São Miguel Arcanjo/SP e a SP-127, à cidade de Itapetininga/SP. Registro conta com uma posição geográfica privilegiada: rota para as regiões Sul/Sudeste do Brasil e para o mercado Comum do Cone Sul, o Mercosul.
Tooro Nagashi
O Tooro Nagashi é uma homenagem aos mortos vítimas do Rio Ribeira de Iguape, realizada no dia de finados, 02 de novembro. Consiste em um culto ecumênico seguido com a soltura de pequenos barquinhos iluminados por velas coloridas, feitos artesanalmente.
Ao soltar os barquinhos, os participantes iluminam o caminho dos espíritos e fazem pedidos de paz. Além da celebração religiosa, há comidas e danças típicas japonesas.
O Tooro Nagashi é um dos principais e mais importantes eventos da cidade. Atrai cerca de 25 mil visitantes por noite, em dois dias de evento e acontece há mais de 70 anos no município. Está no calendário oficial de eventos do Estado de São Paulo.
Rota da Imigração Japonesa
Uma viagem pela história da antiga Colônia de Registro, com vivências em espaços tradicionais com produtores locais, especialmente de chá e junco, e na gastronomia. Tudo em meio à Mata Atlântica, com visitas a diversos pontos turísticos. O roteiro inclui passeios nos sítios Yamamaru e Shimada, para conhecer a produção de chá preto e participar da colheita, além de experiências gastronômicas com pratos típicos japoneses e regionais.
*Em 2025, o Brasil e o Japão comemoram 130 anos de relações diplomáticas, desde a assinatura do Tratado de Amizade, Comércio e Navegação, em 1895.
PONTOS TURÍSTICOS DE REGISTRO
KKKK
Conhecido também como antigo Casarão do Porto, pela sua importância histórica e arquitetônica, o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (CONDEPHAAT) tombou o prédio em 1987 e pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (IPHAN) em Junho de 2010. O espaço também abrigou por muito tempo o “Memorial da Imigração Japonesa no Vale do Ribeira”, cujo acervo conta a história e os costumes dos primeiros imigrantes japoneses. Desde 2016, o SESC está instalado no local, com atividades destinadas à cultura, ao esporte, à saúde e alimentação, ao desenvolvimento infanto-juvenil, à terceira idade, ao turismo social e as demais áreas de atuação, sendo a primeira unidade na região do Vale do Ribeira.
Memorial da Imigração Japonesa
Instituição que visa preservar a memória dos imigrantes japoneses.
A exposição é composta por artefatos doados pelos colonizadores japoneses e seus descendentes, como álbum de fotografias, documentos, passaporte, maquinários, objetos religiosos e culturais, ferramentas agrícolas, indumentárias, maquetes, dentre outros.
O memorial da Imigração Japonesa Vale do Ribeira, possibilita ao visitante iniciar sua jornada visualizando a pintura mural da fachada do edifício, que retrata elementos importantes da imigração japonesa na região e os movimentos do Rio Ribeira de Iguape.
que, antes de adentrar ao espaço, inicie sua viagem do tempo contemplando a pintura mural da fachada do edifício onde aborda elementos importantes da imigração japonesa na região, entrelaçados pelos movimentos das águas do Rio Ribeira de Iguape.
Monumento Guaracuí
A Flor de Guaracuí é uma escultura estilizada doada ao município pela artista plástica Tomie Ohtake, no ano de 2002. Ela tem 7 metros de altura, pesa 40 toneladas em aço e é homenagem aos imigrantes japoneses. A inspiração para a obra veio de uma grande árvore de Guaracuí (Andira Antelmia) que existia na avenida principal de Registro, sendo um símbolo da cidade.
Praça Nakatsugawa
A Praça Nakatsugawa, localizada no centro da cidade, foi construída com arquitetura japonesa em 1980, em celebração ao convênio com a cidade irmã Nakatsugawa, Japão. Esse convênio envolve intercâmbio, assistência e visitas diplomáticas dos governantes das duas cidades. Em comemoração a esse acordo, a Av. Registro e o Bosque Cidade Registro foram inaugurados no Japão.
Monumento Torii
Torii é um portão tradicional japonês que marca a entrada de um lugar sagrado. No Brasil, o Torii é utilizado como um ornamento arquitetônico em locais onde há descendentes de imigrantes japoneses. Em Registro, um Torii foi construído em 1993 para homenagear os primeiros imigrantes que chegaram há mais de 100 anos.
Templo Budista
Os colonizadores japoneses introduziram o Budismo em Registro para manterem-se fiéis à sua religião. O Templo Budista Honpa Hongwanji, também conhecido como Templo do Juramento Universal de Amida – o Buda da Terra Pura do Oeste, foi erguido em 1967. O Budismo teve origem na Índia e se disseminou pela Ásia nos séculos XIX e XX. Essa religião não comunga a ideia de um Deus e preza pela simplicidade: as ações têm consequências e mudanças são sempre possíveis. Seus ensinamentos ressaltam a responsabilidade individual, incentivando a busca por uma vida melhor para si e para os outros.
Bunkyo – Associação Cultural Nipo Brasileira de Registro
No início da colonização, a cidade de Registro foi dividida em cinco bairros para fins administrativos, cada um com sua associação japonesa. Durante a 2ª Guerra Mundial, as associações foram fechadas por ordem do governo federal devido ao conflito entre Brasil e Japão. Após o fim da guerra, a associação foi revitalizada. Em 1993, foi criado o Bunkyo, que se fortaleceu ao longo dos anos. Em 2003, foi construída uma sede própria em celebração aos 90 anos da imigração japonesa. Desde então, o Bunkyo promove atividades semanais e eventos anuais em parceria com a Prefeitura, como a Festa do Sushi , Bom Odori, Tooro Nagashi entre outras. O Bunkyo está localizado na Praça da Integração Brasil-Japão, onde uma escultura comemora o centenário da imigração japonesa no Brasil. A escultura “Portal do Sol”, do artista plástico Yutaka Toyota, foi inspirada em antigas máquinas de beneficiamento de arroz e chá, utilizando peças originais que simbolizam as contribuições dos japoneses e deus descendentes para a região.
TURISMO RURAL
Chá da Obaatian | Sítio Shimada
Em 2014, aos 87 anos, a senhora Ume Shimada e sua filha Teresinha Eiko uniram esforços para recuperar a plantação de chá em seu terreno. Com carinho e dedicação, levantaram uma pequena fábrica de chá artesanal que produz chá preto de qualidade, na tradicional região do Vale do Ribeira para o cultivo dessa espécie. O chá, proveniente da Camellia Sinensis, é colhido manualmente e fabricado artesanalmente pela família Shimada em Registro. O chá apresenta um sabor e aroma específico e característico de uma produção artesanal. A fábrica pode ser visitada mediante agendamento.
Amaya Chás | Bairro Bamburral | Registro
Uma das mais antigas empresas familiares deste setor no Brasil. A jornada começou em 1919, quando Shutekishi Amayz, Não Amaya e seus filhos Antonio, Jorge e Hélio chegaram ao Brasil vindos do Japão e desembarcando na cidade do Rio de Janeiro. Já no Brasil nasceram outros filhos, Fukuji, Goro, Marcos e Shohiti Amaya.
Meses depois, após se estabelecerem no bairro Bamburral, em Registro, a família que já trabalhava com plantio de cana-de-açúcar (para a produção de açúcar mascavo), arroz, feijão e café, na década de 30, expandiu suas plantações para incluir chá preto.
Atualmente, a terceira geração da família Amaya administra a empresa, que produz chás preto e verde de alta qualidade, atendendo ao mercado nacional e internacional.
Com mais de 80 anos de história, o chá Amaya é apreciado por paladares exigentes ao redor do mundo, sendo parte de blends premium de empresas europeias e americanas.
Sítio Yamamaru | Chá Agroflorestal | Sete Barras
A família Yamamaru chegou ao Brasil em 1953, após a 2ª Guerra Mundial. Inicialmente, produziam 2 mil toneladas por dia de chá, mas as atividades foram encerradas nos anos 90 devido à crise econômica. O chazal se transformou em floresta.
Em 2017, Miriam e seu irmão Kazutoshi Yamamaru iniciaram o resgate das plantas, produzindo chá verde artesanal em meio ao sistema agroflorestal. O chá é preparado com polpa de palmito juçara e verduras naturais, sem agrotóxicos, resultando em uma bebida de aroma e sabor diferenciados.
O sítio está situado em Sete Barras, no bairro do Raposa, Vale do Ribeira/SP, em uma área de Mata Atlântica. Lá, encontra-se uma comunidade japonesa tradicional e antiga, sendo reconhecida e visitada pelo Cônsul Geral do Japão.
O Sítio Yamamaru se destaca pela qualidade do chá e pela beleza da mata. Atualmente, produzem o Chá Verde e o Chá Preto, ambos no sistema Agroflorestal.